domingo, 15 de setembro de 2013

Tecnologia Assistiva

Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc. Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência. Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tecnologia Assistiva

No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República). Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão. É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995). Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. Podemos utilizar desses recursos para que nossos educandos conquiste sua autonomia e independência no cotidiano de sua rotina na sociedade de um modo geral.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A Pena de Forrest Gump

- Vó? - Oi? - Ontem eu vi de novo aquele filme que você gosta. - Qual, minha querida? (como se não houvesse muitos filmes que a Vovó amava). - Aquele daquele homem que é meio bobo e fica contando histórias no ponto de ônibus... - Ah, sei... Forrest Gump... - Isso. - E você gostou do filme? - Gostei, mas não entendi uma coisa... - O que? - Quando começa o filme, tem uma pena voando, que voa, voa, e cai no colo do Forrest Gump. Ele guarda "ela” no livro e começa a contar a história para um monte de gente. - Exato. - Então, no final, ele abre o livro e ela sai voando outra vez. Para que serve essa pena, heim, Vovó? - Bem, pituquinha, ele explica isso no final. Talvez você não tenha percebido. - Acho que não. - Forrest Gump não é uma pessoa igual às outras: ele tem uma inteligência limítrofe. Não fale que ele é meio bobo que isso é muito feio. Ele tem uma inteligência de uma criança de cinco anos, por isso tem dificuldade de entender as coisas como às outras pessoas. Ë um homem grande com a cabeça de uma criança, não é meio bobo ou retardado, ta bom? - Ta. - Você quer saber por que a pena começa o filme voando até pousar no colo do Forrest Gump, e depois sai voando de novo, não é? - Isso. - Então..., no final do filme, ele conta que na sua vida houve duas pessoas que o influenciaram muito: uma foi a sua mãe, o outro, seu amigo que ele conheceu na guerra do Vietnã, que é o tenente Dan. A mãe ensinou para ele que ter uma deficiência não é desculpa para desistir da vida. Ela se recusou a colocá-lo em uma escola para deficientes, e sempre empurrou o filho para frente, sempre o ensinou a não se conformar com as suas próprias limitações. Forrest foi para a escola, estudou, teve um problema na coluna que o obrigou a usar aquele aparelho horrível, você se lembra? - Lembro sim. - Tem uma cena que a Vovó gosta demais nesse filme, que é aquela em que os meninos valentões correm atrás dele numa caminhonete. Eles querem zoar com ele e até machucá-lo, e a sua amiguinha grita para o menino: Corra Forrest, corra! E ele sai correndo, de aparelho e tudo, a caminhonete atrás dele, os meninos gritando...,à medida que ele corria, o aparelho vai caindo, pedaço por pedaço, e quanto mais ele se livrava do aparelho ortopédico, mais rápido ele conseguia correr, mais ele deslanchava, até entrar correndo em um campo gramado e sumir ao longe, deixando para trás os seus perseguidores... - Vó? - Oi? - Você está chorando? - Não,..., não querida, é que a vovó esqueceu-se de pingar o colírio (falou isso enquanto enxugava furtivamente algumas lágrimas). - Por que você gosta tanto dessa cena, Vovó? - Porque Vovó acha essa cena muito emocionante, muito alegórica. - Alê o que? Riu-se, gostosamente. - Alegórica. Quer dizer que ela tem um significado maior do que está na tela. - Qual o significado? - Na vida, a gente fica tentando endireitar tudo, minha querida, e às vezes temos que passar muito, muito medo para podermos nos livrar de nossos aparelhos, de nossas muletas. Forrest descobre que já está pronto, que pode correr como ninguém,como ninguém, e mais longe do que qualquer menino valentão e bobo que se acha grande coisa ... Olhou para a neta, que a olhava fixamente. - Desculpe querida, acho que me empolguei um pouco. - Vó? - Oi? - É para isso que temos medo? - Acho que sim. - Temos medo para tirar as muletas? - E os aparelhos. E ir para frente. - Legal. Vó? - Fala. - E a pena? - É mesmo, já ía me esquecendo... Então, eu falei que a mãe de Forrest Gump o ensinou a nunca sentar sobre seus problemas, a nunca se intimidar com as suas dificuldades. Ela ensinou para ele que, na vida, Deus dá uma série de cartas para a gente jogar o jogo, e temos que aproveitar as nossas cartas do melhor jeito possível. - E a pena? - Já vai, já vai... A outra pessoa importante na vida de Forrest Gump é seu amigo, tenente Dan. Juntos, eles foram para a guerra, tiveram um pesqueiro, montaram uma empresa e ficaram muito ricos. E o tenente Dan ensinou que na vida, a gente é como uma peninha levada pelo vento, de um lado para outro, e nunca tem como descobrir para onde vai o sopro de Deus..., nunca a gente sabe para que lado vai a pena. Fez um silêncio grave. - Como assim? - Quando você crescer vai perceber como nosso destino é caprichoso, meu bem. Um dia estamos aqui, outro dia estamos lá, como se tivesse um gozador assoprando a vida para lá e para cá, para lá e para cá. (Fez um movimento com a mão, simulando a pena indo e voltando. (A menina acompanhou o movimento com os olhos). - Quer dizer que a gente não sabe para onde vai essa pena? Trouxe-a para mais perto. - A gente não sabe... Mas sabe, quando a gente chega na idade que chegou a Vovó aqui, podemos perceber os caminhos misteriosos que a pena toma no ar, até pousar, segura, no colo de Deus. Mas isso a gente só descobre depois de passar muito tempo tentando adivinhar: Qual a direção do vento? Qual a umidade relativa do ar? Qual o peso da pena? Como o Caos vai comandar a direção que a pena vai tomar? Coçou a cabeça, em seu gesto característico. - Vó? - Oi? - O que acontece quando a gente pára de tentar adivinhar para onde vai essa pena? - A gente se deixa levar pelo vento, minha querida. - Quer dizer que você dá razão para a mãe e para o amigo do Forrest? Olhou com uma agradável sensação de surpresa. - Isso mesmo! Como você é esperta! Eu dou, mesmo, razão para os dois. A gente joga da melhor forma que puder, com o máximo de empenho, mas também respeita as linhas do vento. Gostou? - Gostei, gostei muito... Sabe Vó, é tão bom ter você... será que um dia esse vento vai te levar para longe de mim? Estremeceu ligeiramente. - Não, meu bem... Por mais longe que vão nossas penas, nosso coração vai estar sempre perto um do outro, ta bom? - Ta bom. Ficaram num silêncio de fim de conversa. - Eu vou brincar um pouco, ta? - Isso, vai brincar de Forrest Gump. - Vou correr até cansar. - Isso. Vai mesmo. Mal conseguiu disfarçar a voz embargada de lágrimas. Marco Antonio Spinelli Psiquiatra e Psicoterapeuta Fonte: http://autismovivenciasautisticas

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

AEE Ivone Fechamento

Sabemos da responsabilidade que temos ao assumir uma sala de Recurso Multifuncional, trabalhando com alunos com deficiência aprendi que é muito importante estarmos estudando e nos aperfeiçoando a respeito do nosso papel de professores do AEE. Piaget afirma que a inteligência se constrói mediante a troca entre o organismo e o meio, mecanismo pelo qual se dá a formação das estruturas cognitivas “o organismo com sua bagagem hereditária, em contato com o meio, perturba-se, desiquilibra-se e, para superar esse desequilíbrio e se adaptar, constrói novos esquemas”.
O AEE estuda diferentes possibilidades acerca de cada atendimento especializado e suas deficiências com oscilações e ritmos diferentes na construção da aprendizagem de cada inteligência do aluno atendido e suas potencialidades e os recursos que esse aluno dispõe, para que suas possibilidades intelectuais e de adaptação ao meio sejam aumentadas.
 Torna-se necessário então que o professor do AEE, além da participação no cotidiano desse aluno o torne capaz de ter uma convivência positiva na comunidade escolar onde está inserido com o objetivo principal seu desenvolvimento integral, o acesso à informação e ao conhecimento.
Não podemos simplesmente inserir um aluno deficiente no contexto de sala de aula, precisamos adaptar os objetivos propostos e atividades diferenciadas, com maior tempo para que sejam realizadas e requer modificação de atitude e toda estrutura dos ambientes os quais vão receber esse aluno. A unidade escolar deve se estruturar para que todos tenham flexibilidade, tolerância, e compreensão das necessidades emocionais com provisão de adaptação do currículo para atender as necessidades especificas de cada um.
Nesta abordagem de mediação ao aprendizado o trabalho do AEE é transdisciplinar: com o professor regente, a família e a equipe de suporte, avaliando as necessidades especifica, e sugerindo ajudas adaptações e recursos que facilitam o processo de interação, comunicação e aprendizagem desse aluno com deficiência.
O estudo de caso é essencial para que AEE possa adequar o procedimento metodológico baseado nas experiências concretas e da vivência do cotidiano consiga priorizar atividades que leve esse aluno a construção do conhecimento de forma prazerosa e de interação no contexto escolar.
O plano do AEE tem como objetivo possibilitar a participação do aluno nas atividades pedagógicas e recreativas coletivamente. Criar uma rede de apoio entre: professo da escola comum, equipe escolar, família e alunos da turma, desenvolver a autonomia do aluno através do uso da comunicação alternativa e tecnologia assistiva, viabilizar a acessibilidade curricular através da adequação de materiais adaptação de atividades e parceria entre professor de AEE e sala comum.

sábado, 25 de maio de 2013

Como Deus escolhe uma mãe de pessoa com deficiência.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Como Deus escolhe mães de crianças especiais....

 

Você alguma vez já pensou como Deus escolhe as mães das crianças especiais? Eu já...
Uma vez visualizei Deus pairando sobre a Terra, selecionando seu instrumento de propagação com um grande carinho, e compassivamente.
Enquanto observava, Ele instruía seus Anjos a tomarem nota em um grande livro:
- Para Beth, um menino. Anjo da Guarda, Matheus.
- Para Miriam, uma menina. Anjo da Guarda, Cecília.
- Para Regina, gêmeos. Anjo da Guarda Geraldo, ele já está acostumado.
Finalmente, Ele passa um nome para o Anjo, sorri e diz: dê a ela uma criança deficiente.
O Anjo, cheio de curiosidade, pergunta: porque ela, Senhor? Ela é tão alegre!
- Exatamente por isso, diz Ele. Como eu poderia dar uma criança a uma mãe que não sabe o valor de um sorriso? Seria cruel...
- Mas será que ela vai ter paciência?
- Eu não quero que ela tenha muita paciência - disse Deus - porque aí ela se afogará no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passarem, ela saberá como conduzir-se. Eu a estava observando hoje. Ela tem aquele forte sentimento de independência.
Retrucou o Anjo: - Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não será fácil. Além do mais, Senhor, acho que ela nem acredita na Sua existência.
Deus sorri, e diz: - Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Possui o egoísmo no ponto certo.
O Anjo engasgou. - Egoísmo? E isso é, por acaso, virtude?
Deus acenou que sim e acrescentou:
- Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Sim, esta é uma mulher que abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz idéia, mas ela será, também, muito invejada. Sabe, ela nunca irá admitir uma palavra não dita, nunca considerará um passo como uma coisa comum. Quando sua criança falar “mamãe” pela primeira vez, ela pressentirá que está presenciando um milagre. Quando ela descrever uma árvore com um pôr do sol para seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra... Eu permitirei ver claramente coisas como ignorância, crueldade, preconceito e a ajudarei superar tudo. Eu estarei a seu lado a cada minuto de sua vida, porque ela estará trabalhando junto comigo.
- Bom - disse o Anjo - e quem o Senhor está pensando mandar como Anjo da Guarda?
Deus sorriu;
- DÊ A ELA UM ESPELHO. É O SUFICIENTE!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Como Avaliar um Aluno com Deficiência

Como avaliar o aluno com deficiência? Mara Lúcia Sartoretto
A avaliação sempre foi uma pedra no sapato do trabalho docente do professor. Quando falamos em avaliação de alunos com deficiência, então, o problema torna-se mais complexo ainda. Apesar disso, discutir a avaliação como um processo mais amplo de reflexão sobre o fracasso escolar, dos mecanismos que o constituem e das possibilidades de diminuir o violento processo de exclusão causado por ela, torna-se fundamental para possibilitarmos o acesso e a permanência com sucesso dos alunos com deficiência na escola.
De início, importa deixar claro um ponto: alunos com deficiência devem ser avaliados da mesma maneira que seus colegas.
Pensar a avaliação de alunos com deficiência de maneira dissociada das concepções que temos acerca de aprendizagem, do papel da escola na formação integral dos alunos e das funções da avaliação como instrumento que permite o replanejamento das atividades do professor, não leva a nenhum resultado útil.
Nessa linha de raciocínio, para que o processo de avaliação do resultado escolar dos alunos seja realmente útil e inclusivo, é imprescindível a criação de uma nova cultura sobre aprendizagem e avaliação, uma cultura que elimine:
- o vínculo a um resultado previamente determinado pelo professor;
- o estabelecimento de parâmetros com os quais as respostas dos alunos são sempre comparadas entre si, como se o ato de aprender não fosse individual;
- o caráter de controle, adaptação e seleção que a avaliação desempenha em qualquer nível;
- a lógica de exclusão, que se baseia na homogeneidade inexistente;
- a eleição de um determinado ritmo como ideal para a construção da aprendizagem de todos os alunos.
Numa escola onde a avaliação ainda se define pela presença das características acima certamente não haverá lugar para a aceitação da diversidade como inerente ao ser humano e da aprendizagem como processo individual de construção do conhecimento. Numa educação que parte do falso pressuposto da homogeneidade não há espaço para o reconhecimento dos saberes dos alunos, que muitas vezes não se enquadram na lógica de classificação das respostas previamente definidas como certas ou erradas.
O que estamos querendo dizer é que todas as questões referentes à avaliação dizem respeito à avaliação de qualquer aluno e não apenas das pessoas com deficiências. A única diferença que há entre as pessoas ditas normais e as pessoas com deficiências estão nos recursos de acessibilidade que devem ser colocados à disposição dos alunos com deficiências para que possam aprender e expressar adequadamente suas aprendizagens. Por recursos de acessibilidade podemos entender desde as atividades com letra ampliada, digitalizadas em Braille, os interpretes, até uma grande gama de recursos da tecnologia assistida hoje já disponíveis, enfim, tudo aquilo que é necessário para suprir necessidades impostas pelas deficiências, sejam elas auditivas, visuais, físicas ou mentais.
Neste contexto, a avaliação escolar de alunos deficientes ou não, deve ser verdadeiramente inclusiva e ter a finalidade de verificar continuamente o conhecimento que cada aluno possui, no seu tempo, por seus caminhos, com seus recursos e que leva em conta uma ferramenta muito pouco explorada que é a co-aprendizagem.
Nessa mudança de perspectiva, o primeiro passo talvez seja o de nos convencermos de que a avaliação usada apenas para medir o resultado da aprendizagem e não como parte de um compromisso com o desenvolvimento de uma prática pedagógica comprometida com a inclusão, e com o respeito às diferenças é de muito pouca utilidade, tanto para os alunos com deficiências quanto para os alunos em geral. .
De qualquer modo, a avaliação como processo que contribui para investigação constante da prática pedagógica do professor que deve ser sempre modificada e aperfeiçoada a partir dos resultados obtidos, não é tarefa simples de ser conseguida. Entender a verdadeira finalidade da avaliação escolar só será possível quando tivermos professores dispostos a aceitar novos desafios, capazes de identificar nos erros pistas que os instiguem a repensar seu planejamento e as atividades desenvolvidas em sala de aula e que considerem seus alunos como parceiros, principalmente aqueles que não se deixam encaixar no modelo de escola que reduz o conhecimento à capacidade de identificar respostas previamente definidas como certas ou erradas.
Segundo a professora Maria Teresa Mantoan, a educação inclusiva preconiza um ensino em que aprender não é um ato linear, continuo, mas fruto de uma rede de relações que vai sendo tecida pelos aprendizes, em ambientes escolares que não discriminam que não rotulam e que oferecem chances de sucesso para todos, dentro dos interesses, habilidades e possibilidades de cada um. Por isso, quando apenas avaliamos o produto e desconsideramos o processo vivido pelos alunos para chegar ao resultado final realizamos um corte totalmente artificial no processo de aprendizagem.
Pensando assim temos que fazer uma opção pelo que queremos avaliar: produção ou reprodução. Quando avaliamos reprodução, com muita freqüência, utilizamos provas que geralmente medem respostas memorizadas e comportamentos automatizados. Ao contrario, quando optamos por avaliar aquilo que o aluno é capaz de produzir, a observação, a atenção às repostas que o aluno dá às atividades que estão sendo trabalhada, a análise das tarefas que ele é capaz de realizar fazem parte das alternativas pedagógicas utilizadas para avaliar.
Vários instrumentos podem ser utilizados, com sucesso, para avaliar os alunos, permitindo um acompanhamento do seu percurso escolar e a evolução de suas competências e de seus conhecimentos. Um dos recursos que poderá auxiliar o professor a organizar a produção dos seus alunos e por isso avaliar com eficiência é utilizar um portfólio.
A utilização do portfólio permite conhecer a produção individual dos alunos e analisar a eficiência das práticas pedagógicas do professor. A partir da observação sistemática e diária daquilo que os alunos são capazes de produzir, os professores passam a fazer descobertas a respeito daquilo que os motiva a aprenderem como aprendem e como podem ser efetivamente avaliados.
No caso dos alunos com deficiências, os portfólios podem facilitar a tomada de decisão sobre quais os recursos de acessibilidade que deverão ser oferecidos e qual o grau de sucesso que está sendo obtido com o seu uso. Eles permitem que tomemos conhecimento não só das dificuldades, mas também das habilidades dos alunos, para que, através dos recursos necessários, estas habilidades sejam ampliadas.
Permitem, também, que os professores das classes comuns possam contar com o auxílio do professor do atendimento educacional especializado, no caso dos alunos que freqüentam esta modalidade, no esclarecimento de dúvidas que possam surgir a respeito da produção dos alunos.
Quando utilizamos adequadamente o portfólio no processo de avaliação podemos:
- melhorar a dinâmica da sala de aula consultando o portfólio dos alunos para elaborar as atividades:
- evitar testes padronizados;
- envolver a família no processo de avaliação;
- não utilizar a avaliação como um instrumento de classificação;
- incorporar o sentido ético e inclusivo na avaliação;
- possibilitar que o erro possa ser visto como um processo de construção de conhecimentos que dá pistas sobre o modo cada aluno está organizando o seu pensamento;
Esta maneira de avaliar permite que o professor acompanhe o processo de aprendizagem de seus alunos e descubra que cada aluno tem o seu método próprio de construir conhecimentos, o que torna absurdo um método de ensinar único e uma prova como recurso para avaliar como se houvesse homogeneidade de aprendizagem.
Nessa perspectiva, entendemos que é possível avaliar, de forma adequada e útil, alunos com deficiências. Mas, se analisarmos com atenção, tudo o que o que se diz da avaliação do aluno com deficiência, na verdade serve para avaliar qualquer aluno, porque a principal exigência da inclusão escolar é que a escola seja de qualidade – para todos! E uma escola de qualidade é aquela que sabe tirar partido das diferenças oportunizando aos alunos a convivência com seus pares, o exemplo dos professores que se traduz na qualidade do seu trabalho em sala de aula e no clima de acolhimento vivenciado por toda a comunidade escolar.


terça-feira, 21 de maio de 2013

Vantagens do Ensino a Distância

Sabemos das vantagens de um curso à distância pelas facilidades de horário de estudo, mas isso requer do aluno uma disciplina e compromisso para que este seja de qualidade.
O Brasil com uma extensão territorial extensa tem na educação à distância a possibilidade de atingir um número maior de estudantes e formação de educadores com cursos de extensão e formação continuada.
Como estudantes têm ao nosso dispor links e textos que podemos pesquisar o que vem facilitar em muito a nossa aprendizagem.
Um bom curso à distância ou presencial vai proporcionar ao aluno um interesse desde que seja repassado a ele um grau de conhecimento que o torna curioso e o leva a ser um pesquisador.